Amar
a nós mesmos não é consagrarmos a vida à exaltação absoluta do corpo de
carne que o homem serve de veículo provisório na luta redentora da
Terra.
Certo, tanto quanto devemos atenção e assistência a qualquer máquina útil, não podemos relaxar no cuidado que nos merece a vestimenta física, entretanto, não nos cabe centralizar todos os objetivos da existência naquilo que, no fundo, seria a preservação da animalidade. Amarmo-nos, então, será atendermos ao justo imperativo de nossa habilitação espiritual para a vida eterna. Nesse sentido, é indispensável aproveitarmos o concurso valioso e eficiente da dor e da luta, do trabalho e do sacrifício, na aquisição de nossas melhores experiências para os círculos mais altos. A pedra que fugisse ao buril e o vaso que se desviasse do clima asfixiante do forno jamais seriam arrancados do primitivismo agreste aos espetáculos da beleza e da utilidade. Claro, portanto, que se realmente amamos a nós mesmos, não podemos perder a nossa oportunidade de elevação, através das provas e dos sofrimentos que o estágio curto na Terra nos oferece. Renúncia é sublimação. Obstáculo é auxílio. Trabalho é posse de competência. Disciplina é sementeira de altos valores espontâneos. Obediência ao bem é construção do progresso comum. Escravidão aos deveres da reta consciência é acesso à Vida Superior. Silêncio é porta para a humildade. Serviço de hoje aos semelhantes é influência divina amanhã. Dificuldades bem superadas são bênçãos. Se buscarmos, desse modo, amar a nós mesmos, saibamos desprezar o contentamento efêmero de algumas horas na carne escura e frágil, valorizando o nosso ensejo de aprender e crescer, com os entraves e sombras, com as dores e aflições do caminho terrestre, porque, purificando a nós mesmos, no sacrifício pelo bem dos outros, mais cedo alcançaremos a áurea da imperecível felicidade. |
pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Construção Do Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier |
Flashes do Benfeitor
" Amor! Sentimento poderoso, força criadora...sois a alma da vida, porque vindes de Deus.Senhor! Senhor! Que grande culpado fui na minha precedente existência! Certo estou de ter vivido ontem e de que viverei amanhã, pois de outro modo não posso explicar a constante contrariedade do meu viver."
terça-feira, 26 de outubro de 2010
AMAR A NÓS MESMOS
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